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Custos do divórcio: quanto custa e o que considerar

O processo de divórcio, além de envolver questões emocionais e patrimoniais, também traz despesas que devem ser cuidadosamente analisadas por quem pretende encerrar formalmente um casamento. Neste artigo, vamos explicar quais são os custos do divórcio, o que influencia no valor total e o que você deve considerar ao se preparar para esse momento. Entenda como funciona tanto o divórcio consensual quanto o litigioso, os honorários advocatícios, taxas judiciais e demais fatores que impactam no orçamento.

Tipos de divórcio e seus custos

Antes de entender os valores, é importante saber que o divórcio pode ocorrer de duas formas principais: consensual e litigioso.

Divórcio consensual

É quando ambas as partes estão de acordo sobre todos os termos da separação: divisão de bens, guarda dos filhos, pensão alimentícia, etc.

  • Pode ser feito extrajudicialmente (em cartório), se não houver filhos menores ou incapazes.
  • Custo estimado: entre R$ 500 e R$ 2.000, dependendo da localidade e do cartório.
  • Honorários advocatícios: em média, entre R$ 1.000 e R$ 3.000.
  • Taxas de cartório: variam conforme o estado, mas giram em torno de R$ 400 a R$ 600.

Divórcio litigioso

É necessário quando não há acordo entre as partes. Neste caso, o processo precisa ser judicial.

  • Custo estimado: de R$ 5.000 a mais de R$ 20.000, dependendo da complexidade do caso.
  • Honorários advocatícios: podem variar de R$ 4.000 a R$ 10.000 ou mais.
  • Custas judiciais: geralmente entre 1% e 2% do valor dos bens discutidos, além de despesas com perícias, avaliações e outros encargos.

Honorários advocatícios

Contar com um advogado é obrigatório, mesmo no divórcio em cartório. O valor dos honorários varia conforme a complexidade do caso, a experiência do profissional e o local de atuação.

  • Em casos consensuais simples, os valores podem ser mais acessíveis.
  • Em processos litigiosos longos e com muitos bens envolvidos, os custos podem subir significativamente.
  • Em alguns casos, se a pessoa não tem condições de pagar, é possível buscar a Defensoria Pública, que oferece assistência jurídica gratuita.

Custas cartorárias e judiciais

Se o divórcio for realizado no cartório, as partes deverão pagar as taxas cartorárias, que incluem:

  • Lavratura da escritura de divórcio;
  • Registro da alteração no cartório de registro civil;
  • Atualização em registros de imóveis, se houver bens.

No caso do divórcio judicial, é necessário pagar custas processuais, que incluem:

  • Taxas de protocolo;
  • Custos com diligências de oficiais de justiça;
  • Eventuais gastos com perícias.

Divisão de bens e custos adicionais

Outro ponto que influencia nos custos do divórcio é a partilha de bens. Se houver imóveis, veículos, contas bancárias e outros bens a serem divididos, será necessário:

  • Avaliações patrimoniais;
  • Atualização de registros em cartório de imóveis ou DETRAN;
  • Pagamento de ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis), em alguns casos.

A divisão amigável facilita e reduz os custos. Já disputas prolongadas podem aumentar significativamente o valor do processo.

Pensão, guarda e filhos: impacto nos custos

Se o casal tem filhos menores, o divórcio precisa ser judicial, mesmo que seja amigável. Isso ocorre porque o juiz deve analisar e homologar as decisões sobre:

  • Guarda dos filhos;
  • Direito de visitas;
  • Valor da pensão alimentícia.

Essas questões exigem maior cuidado e podem envolver pareceres do Ministério Público, laudos psicológicos e perícias, o que impacta diretamente nos custos do processo.

Possibilidade de isenção de custos

Em casos em que uma das partes não tem condições de arcar com os custos do divórcio, é possível solicitar isenção de custas processuais e assistência judiciária gratuita.

Para isso, é necessário:

  • Apresentar declaração de hipossuficiência econômica;
  • Comprovar a falta de recursos com documentos (como contracheque, extrato bancário, etc.);
  • Ter a solicitação analisada e aprovada pelo juiz.

O que considerar ao planejar o divórcio

Ao pensar nos custos do divórcio, leve em conta os seguintes pontos:

  • O tipo de divórcio: consensual ou litigioso;
  • A necessidade de partilha de bens;
  • Existência de filhos menores;
  • Acordo ou não sobre pensão e guarda;
  • Capacidade de pagar advogado e custas.

Um planejamento jurídico e financeiro prévio pode evitar surpresas desagradáveis e acelerar o processo.

Conclusão

Os custos do divórcio no Brasil podem variar bastante, dependendo do tipo de separação, da complexidade do caso e dos bens envolvidos. Sempre que possível, optar por um divórcio consensual é a forma mais rápida, econômica e menos desgastante de resolver a questão.

Se você está considerando iniciar um processo de divórcio, procure orientação de um advogado especializado para esclarecer suas dúvidas, entender seus direitos e evitar prejuízos futuros. Uma decisão bem orientada faz toda a diferença.

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